quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Lembrancinha volta às aulas

Olha que fofa essa lembrancinha para dar aos pequenos no primeiro dia de aula. Bigodes e boquinhas com pirulito vão garantir a diversão da garotada.
É sucesso garantido








Como fazer o PPP da escola?

Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que você e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão.
Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado, desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo.
Certas estratégias facilitam a preparação, a revisão e o acesso da equipe ao projeto político-pedagógico:
- Não é preciso refazer a missão todo ano. Geralmente, ela dura de dois a cinco anos. Deve ser alterada quando a equipe percebe que os princípios já não correspondem às suas aspirações (os objetivos iniciais foram alcançados ou precisam ser modificados), a clientela é outra (aconteceram mudanças na comunidade) ou o contexto escolar teve alterações (introdução do Ensino Fundamental de nove anos ou a chegada da Educação Infantil ou de Jovens e Adultos). Esse trecho deve ser respaldado nos planos municipal ou estadual de Educação.

- Clientela, dados sobre a aprendizagem, recursos, relação com as famílias, diretrizes e plano de ação devem ser revistos e atualizados ao longo do ano - e isso pode ser feito durante as reuniões pedagógicas e institucionais, nos encontros do Conselho Escolar e na semana de planejamento. Para tanto, a cada encontro, defina quem será o responsável por sistematizar os dados e inseri-los
no PPP.

- A linguagem usada deve ser simples.

- O ideal é que o PPP seja montado em um arquivo eletrônico, no computador, e, depois de impresso, colocado em uma pasta arquivo para facilitar o acesso e as alterações durante o ano.

- Professores e funcionários podem receber cópias do documento, quando possível, para que consultem sempre que surgirem dúvidas.

- É interessante elaborar uma versão resumida para entregar aos pais no ato da matrícula.

- Organizar o PPP em um fichário facilita o manuseio, a conservação e a revisão ao longo do ano.
Nas próximas postagens, você vai conhecer detalhes de cada um dos tópicos indispensáveis do PPP e saber onde obter as informações e a melhor forma de organizá-las.

PPP erros mais comuns


Alguns descuidos no processo de elaboração do projeto político-pedagógico podem prejudicar sua eficácia e devem ser evitados:

- Comprar modelos prontos ou encomendar o PPP a consultores externos. "Se a própria comunidade escolar não participa da preparação do documento, não cria a ideia de pertencimento", diz Paulo Padilha, do Instituto Paulo Freire.

- Com o passar dos anos, revisitar o arquivo somente para enviá-lo à Secretaria de Educação sem analisar com profundidade as mudanças pelas quais a escola passou e as novas necessidades dos alunos.

- Deixar o PPP guardado em gavetas e em arquivos de computador. Ele deve ser acessível a todos.

- Ignorar os conflitos de ideias que surgem durante os debates. Eles devem ser considerados, e as decisões, votadas democraticamente.

- Confundir o PPP com relatórios de projetos institucionais - portfólios devem constar no documento, mas são apenas uma parte dele.

Compartilhar a elaboração é essencial para uma gestão democrática


Infelizmente, muitos gestores veem o PPP como uma mera formalidade a ser cumprida por exigência legal - no caso, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996. Essa é uma das razões pelas quais ainda há quem prepare o documento às pressas, sem fazer as pesquisas essenciais para retratar as reais necessidades da escola, ou simplesmente copie um modelo pronto (leia os erros mais comuns).

Na última Conferência Nacional de Educação (Conae), realizada no primeiro semestre deste ano, o projeto políticopedagógico foi um dos temas em destaque. Os debatedores lembraram e reforçaram a ideia de que sua existência é um dos pilares mais fortes na construção de uma gestão democrática. "Por meio dele, o gestor reconhece e concretiza a participação de todos na definição de metas e na implementação de ações. Além disso, a equipe assume a responsabilidade de cumprir os combinados e estar aberta a cobranças", aponta Maria Márcia Sigrist Malavasi, coordenadora do curso de Pedagogia e pesquisadora do Laboratório de Observação e Estudos Descritivos da Faculdade de Educação da Universidade de Campinas (Loed/Unicamp).

Envolver a comunidade nesse trabalho e compartilhar a responsabilidade de definir os rumos da escola é um desafio e tanto. Mas o esforço compensa: com um PPP bem estruturado, a escola ganha uma identidade clara, e a equipe, segurança para tomar decisões. "Mesmo que no começo do processo de discussão poucos participem com opiniões e sugestões, o gestor não deve desanimar. Os primeiros participantes podem agir como multiplicadores e, assim, conquistar mais colaboradores para as próximas revisões do PPP", afirma Celso dos Santos Vasconcellos, educador e responsável pelo Libertad - Centro de Pesquisa, Formação e Assessoria Pedagógica, em São Paulo.

Projeto Político Pedagógico o que é?

O PPP define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. Saiba como elaborar esse documento.

Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado projeto político-pedagógico - o famoso PPP. Se você prestar atenção, as próprias palavras que compõem o nome do documento dizem muito sobre ele:


- É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.


- É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.


- É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.


Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia - aquele que indica a direção a seguir não apenas para gestores e professores mas também funcionários, alunos e famílias. Ele precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos. Por isso, dizem os especialistas, a sua elaboração precisa contemplar os seguintes tópicos:


- Missão
- Clientela
- Dados sobre a aprendizagem
- Relação com as famílias
- Recursos
- Diretrizes pedagógicas
- Plano de ação



Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que você e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão. Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado, desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo (leia as dicas práticas). "O PPP se torna um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazos", diz Paulo Roberto Padilha, diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo.

Pré e séries iniciais

O que não pode faltar na sala de aula?





1- Calendário (cartaz com a escrita dos numerais de forma visivel)
Reconhecimento de numerais.
Representação de numerais em sequência.
Noção de antecessor e sucessor.
Percepção de numerais como símbolos que representam quantidade (número) e acontecimentos (noção do tempo).
Resolução de situações problema.


2- Cartaz de Frequência

Objetivos:


Acompanhar, junto à turma, a frequência dos alunos.
Proporcionar a cada aluno a avaliação da sua própria frequência.
Encaminhar casos de alunos que apresentam infrequentes.
Levar o aluno a perceber o nome como uma palavra composta por letras e sílabas.
Ressaltar a importância de cada aluno no grupo.

3- Ficha de numerais (material para cada aluno).

Objetivos:


Reconhecimento de numerais formados por um ou mais algarismos.
Desenvolver a noção de antecessor e sucessor, maior e menor ordem crescente e decrescente, acima e abaixo de, entre, próximo e distante de.
Desenvolver a noção de numeral (símbolo) e número (quantidade).


4- Cartaz "Quantos Somos"

Objetivo:


Desenvolver a noção de adição e subtração envolvendo a idéia de: a mais e menos que, mais e menos que, soma de parcelas, subtração de partes.

5- Cartaz de Sequência numérica

Objetivos:


Reconhecimento de numerais ( Percepção dos numerais que representam dezenas exatas, dos antecessores às dezenas exatas).
Visualização para assimilação da sequência numérica.
Relacionar numerais (símbolo) à número (quantidade).
Desenvolver a noção de antecessor e sucessor, maior e menor, acima e abaixo de, entre, depois e antes de, mais próximo e mais distante de.


6- Alfabeto móvel

Objetivo:

Proporcionar atividades para que o aluno avance em relação ao nível da escrita.

7- Alfabeto de parede

Objetivo:


Reconhecimento das letras do alfabeto no que se refere ao nome-desenho-som.

8- Ficha do nome

Objetivos:


desenvolver atividades referentes ao nome próprio.
Ressaltar a importância do nome na formação da identidade.
Desenvolver no aluno a escrita correta do seu nome.


9- Material para leitura (revistas e livros)

Objetivos:


Desenvolver atividades que envolvem recortes.
Material de apoio ao professor frente à correção individual de atividade.
Desenvolver projetos de leitura.


10- Material para contagem

Objetivos:


Resolução de problemas matemáticos.
Representação de quantidades.
Desenvolver a noção de adição e subtração.
Relacionar número e numeral.


11- Cartaz dos aniversariantes do mês

Objetivos:


Relacionar numerais ao acontecimentos significativos (noção de tempo).
Considerar aspectos importantes para a formação da identidade (data do meu nascimento). Interação social- Relacionamento afetivo - Entrosamento entre os colegas.
Desenvolver a noção de tempo (ano-mês-semana-dia-manhã-tarde-noite-passado-presente-futuro).
Reconhecimento de numerais.
Construção do conceito de números (quantidade).
Representação de numerais como: símbolo social, quantidade.
Resolução de situação problema envolvendo a ideia de adição e subtração.
Ressaltar aspectos importantes na formação da identidade.


12- Caderno alunos ( material para cada aluno)

Objetivos:


Registro das atividades dos alunos para apresentação em dia de reunião de pais. Acompanhamento do desenvolvimento dos alunos. Obs: os cadernos devem ser encapados e guardados no armário da professora.

13- Três cadernos para o professor ( Reunião pedagógica, registro do desenvolvimento dos alunos e plano de aula)

Objetivos:


Acompanhamento dos assuntos discutidos em reunião pedagógica e administrativa.
Organização dos planejamentos diários.
Registro do desenvolvimento dos alunos.


14- Caixas encapadas para guardar o material de uso coletivo

Objetivos:


Apresentar aos alunos parâmetros para a organização.
Proporcionar condições para desenvolver nos alunos a responsabilidade frente ao uso de materiais que pertencem ao coletivo.

E outros... Atendendo a necessidade de cada turma

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Volta às aulas

Sem surpresas no primeiro dia de aula

Encarar uma turma nova sempre dá um frio na barriga. Essa tensão diminui quando você se informa sobre quem está à sua espera.

Já imaginou chegar à escola no início do ano letivo e encontrar um grupo de crianças que só falta subir pelas paredes e ainda ouvir de uma delas que você não serve para dar aula? Ou, ao contrário, encarar uma classe vazia, sem um aluno sequer? O medo de enfrentar situações como essa deixa qualquer um ansioso, até mesmo quem tem anos de magistério. Mas o dia de conhecer os estudantes tem tudo para se tornar inesquecível — no bom sentido! E a melhor maneira de conseguir isso é descobrir tudo o que puder sobre a turma.
No Colégio Apoio, em Recife, no final do ano, os professores já sabem para quem vão lecionar. "Isso é possível porque a equipe é estável e compartilhamos as informações", explica a diretora Rejane Maia. Na rede pública, onde é grande o rodízio de educadores e estudantes, a solução é buscar no início do ano o apoio do diretor e do coordenador. Para montar as classes, eles devem reunir dados sobre os alunos.

A família é uma boa fonte

O contato com pais ou responsáveis também é rico. Em Porto Alegre, os professores de Educação Infantil sempre estão presentes na hora das matrículas. "Dessa maneira, é possível conhecer a família e obter as primeiras impressões sobre o futuro aluno", afirma Neusa Carlan, assessora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação.

Bem informado sobre quem você vai encontrar, fica mais fácil organizar uma recepção para a turma no primeiro dia de aula. Uma boa solução é dispor as cadeiras em círculo e convidar cada um a falar de si. Você está incluído! O momento é propício ainda para combinar as regras de convivência.

Nesse primeiro bate-papo recolha dados para seu planejamento. Se a classe for de adolescentes, você pode expor o programa da disciplina e pedir que falem sobre suas expectativas. Para que esse dia e os demais sejam produtivos, é importante que você domine os conteúdos que vai ensinar e tenha a clareza de onde quer chegar com a aprendizagem. Se precisar, recorra à coordenação, que pode auxiliar você na solução de problemas e na indicação das melhores leituras.

Veja, a seguir, como seis professores driblaram os problemas do primeiro dia de aula e ainda saíram fortalecidos.

"Me preparei para receber a classe de alfabetização formada por jovens de 13 a 22 anos e... ninguém apareceu."
Lininalva Rocha Queiroz, professora nota 10 de 2001, de Salvador

O primeiro dia de aula de 1999 foi especialmente difícil para mim. Eu e os outros professores da Escola Municipal Barbosa Romeo estávamos passando por um curso de formação para receber os alunos do Projeto Axé, que atende crianças e jovens que vivem em situação de risco. Eles representavam 90% dos alunos. Os demais eram moradores da comunidade. Sabia que a minha classe era formada pelos estudantes mais velhos, com idade entre 13 e 22 anos, em nível de alfabetização. Alguns já tinham um histórico de evasão e reprovação escolar e outros entrariam pela primeira vez em uma sala de aula. O combinado com eles era o seguinte: num período freqüentar as aulas e no outro, o Axé, onde eram oferecidas atividades artísticas. Eu estava ansiosa. Tinha preparado uma recepção e um diagnóstico inicial para avaliar o aspecto cognitivo e o conhecimento de mundo que eles possuíam. A sala estava toda organizada e... ninguém apareceu. Nas outras classes, pelo menos metade dos estudantes tinha comparecido. Me senti rejeitada e comecei a chorar. Minha coordenadora veio me consolar e pediu que eu fosse às outras classes para ajudar minhas colegas. No dia seguinte, apareceram seis alunos e ao longo do mês a turma foi aumentando. Perguntei porque eles faltavam e eles responderam com a maior tranqüilidade que só iam à escola porque eram obrigados. A verdade é que alguns sentiam pavor de estar lá e outros não tinham nenhum interesse. Curiosamente, foram eles que me deram gás para desenvolver o trabalho com o qual fui premiada pela Fundação Victor Civita, em 2001. Aos poucos, e baseada no que os jovens conheciam, fui propondo atividades que dessem prazer a eles. Consegui alfabetizar os alunos e desenvolver o senso crítico deles. Para minha felicidade, no final de 2003, essa turma concluiu o Ensino Fundamental com uma grande comemoração.

"Fui alertada sobre o comportamento dos alunos de aceleração: eram rebeldes, chegavam atrasados. Fiquei com muito medo."
Dora Ferreira França, Diretora da Escola Estadual Albino Tavares, em Boa Vista

Já lecionava há 10 anos para turmas de 1ª a 4ª série quando fui fazer um estágio exigido pelo curso de Letras da Universidade Federal de Roraima. Consegui uma vaga como substituta na rede estadual. Era uma classe de aceleração, de 8ª série, no noturno. A idade dos alunos variava entre 16 e 21 anos. A professora titular me alertou sobre o comportamento deles. Eram rebeldes, chegavam atrasados, tumultuavam a aula. Fiquei com muito medo. Minha voz estava trêmula e pouco consegui fazer naquele dia. Na aula seguinte, resolvi transformar o medo em coragem. Perguntei com o que queriam trabalhar. Elegemos um tema para pesquisa de campo. Tudo o que traziam para a sala de aula era gancho para discutir a língua. Um dos alunos se atrasava todos os dias mas eu não o repreendia e sempre procurava ajudá-lo. No final do ano letivo ele tinha o mesmo nível de aprendizagem que os colegas. Isso me fez ver que estava no caminho certo.

"As crianças da pré-escola corriam, gritavam. Uma garotinha chegou a me dizer que eu não servia para ser professora deles."
Mari Grace Martins, Professora de Apoio da Secretaria Municipal de Educação de São Bernardo do Campo

Minha estréia na carreira foi na Escola Paulistinha, que atendia os filhos dos funcionários do Hospital São Paulo. Era uma turma de pré-escola, de 5 anos. Recém-formada no Magistério, não tinha muita idéia sobre como as crianças pensavam ou o que fazer para mediar conflitos. Estava muito insegura. A coordenadora me recomendou que não gritasse com as crianças. Achei estranho. Quando entrei na sala os alunos corriam, gritavam. Eu pedia calma mas não adiantava. Uma garotinha chegou a me dizer que eu não servia para ser professora deles. Foi um choque! Nesse momento, coloquei em dúvida se queria mesmo ser professora. Comecei a conversar com outras pessoas, buscar materiais, músicas, brincadeiras e assim fui construindo uma relação com a turma. A partir do terceiro dia, as coisas estavam melhores. Sei que esse desafio foi o que me fez prosseguir na carreira.

"A professora que me apresentou à turma de 2ª série pegou um menino pelo braço e o sacudiu. Não consegui mais dar aula."
Fátima Peres de Araújo
, Professora de Apoio da Secretaria Municipal de Educação de São Bernardo do Campo

Logo depois de concluir o curso de Magistério fui substituir uma professora em uma escola estadual. Não era concursada, e sim contratada em caráter temporário. A turma era de 2ª série, muito difícil e com um histórico de repetência. Eu, novata, tinha muito medo da indisciplina dos alunos. Fui para a sala de aula com uma professora que iria me apresentar aos alunos. Como eles não ficavam quietos, essa educadora pegou um garoto pelo braço e o sacudiu. Depois, olhou para mim e disse: "Crianças como esta aqui você tem de tratar assim". Naquele dia, tive a certeza de que não queria compartilhar daquela situação. Cheguei a substituir uma docente ou outra, mas não conseguia dar aula como deveria. Em agosto do mesmo ano, consegui um emprego em um metalúrgica. Lá, eu era responsável pelo controle de qualidade. Na época, todos ficaram chocados. Minha mãe me dizia: "Eu não acredito que trabalhei tanto para você se formar e você não vai ser professora?" Fiquei quatro anos trabalhando nessa empresa. Quando fui demitida, resolvi me dar mais uma chance, influenciada por uma tia professora. Passei em dois concursos e fui trabalhar na prefeitura. Quando voltei a lecionar, aquele primeiro dia me voltava sempre à mente. Muitas vezes eu não sabia o que fazer, mas tinha certeza sobre o que não fazer. Aos poucos percebi que os problemas que acontecem na sala de aula muitas vezes não estão nas crianças, mas em mim. Hoje, quando não consigo resolver um conflito, procuro logo ajuda.

"Me formei em Educação Física e fui lecionar para crianças de 5 anos. Fiquei com receio de não entender a linguagem dos pequenos."
Rogério Costa Würdig, Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas (RS)

Quando me formei em Educação Física fui lecionar em uma escola particular de Porto Alegre. Minha primeira turma era de Educação Infantil e fiquei com receio de não entender a linguagem de crianças tão pequenas. Queria fugir da apresentação clássica, em que os garotos dizem nome e idade. Isso era muito formal para aquela faixa etária. Pensei em algo lúdico: a proposta era que cada um representasse um animal. Comecei dizendo que gostava muito de bichos e, de pronto, eles responderam que também gostavam. Aí pedi para que cada um escolhesse o seu preferido e o imitasse. Esse trabalho me permitiu avaliar que tipo de animais as crianças conheciam, se eram de zoológico ou de desenhos animados, selvagens ou domésticos. Com essas informações, foi possível perceber a vida que levavam. Direcionei o olhar para o cultural e não fiz uma avaliação psicológica. Depois dessa atividade, as crianças começaram a se soltar. Acho que foi um sucesso porque ao terminar a aula eles não queriam que eu fosse embora.

"Os jovens não gostam de professores de Matemática e todo começo de ano sentia a mesma dificuldade de me relacionar com eles."
Maria Luiza Casali Martau
, Professora da Escola Municipal Leocádia Felizardo Prestes, em Porto Alegre

Normalmente os alunos não gostam dos professores de Matemática. E o motivo é a própria disciplina. Acho que deve ser porque trabalhamos muito sozinhos, na hora de resolver um problema, por exemplo. Mas esse tipo de comportamento sempre me incomodou. Todo começo de ano letivo sentia a mesma dificuldade de relacionamento com os alunos. Não sabia mais o que fazer e precisava tornar essa relação escolar mais humana. Já tinha quase dez anos de magistério quando percebi que a garotada gostava de responder às perguntas dos diários pessoais dos colegas e resolvi aproveitar a idéia. Elaborei um questionário com questões sobre família, namoro, comunidade e outros temas do interesse deles e apliquei no primeiro dia de aula. Desde então, eu faço sempre isso para conhecer melhor meus alunos. Também peço para eles me contarem as coisas boas sobre a Restinga, o bairro onde moram que fica na periferia de Porto Alegre. Também falo de mim e eles se identificam com minhas origens. Isso ajuda a derrubar a barreira tão comum no primeiro dia. Em casa, leio todos os questionários e depois comento com eles as coisas que foram escritas. Desde então, tenho conseguido estabelecer um laço afetivo com os meus alunos antes de entrar com o conteúdo.



Fonte: Revista Nova Escola

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Rosa de crepom para presentear ou enfeitar



Rosa de papel crepom-passo-a-passo

Você vai precisar de tesoura, cola, papel crepom para a rosa e verde para o caule e folha, palito de churrasco ou canudo e linha de costura.
Corte o papel vermelho mais ou menos na medida acima, esse papel dará origem às pétalas da rosa, desta forma, de acordo com a medida que você usar vai ficar a sua flor. Dá para fazer rosas bem grandes para decoração de eventos dividindo a folha de crepom em duas apenas.


Desenrole a folha de crepom, vá dobrando ao meio até ficar como na imagem acima e corte.


Faça o molde da pétala em um papel sulfite e corte todo o monte de crepom que você tem com esse modelo.

As pétalas após cortadas ficarão assim.


Use uma caneta para frisar as pétalas.Enrole as folhas de crepom na caneta e junte, de encontro ao centro as duas mãos para que elas fiquem enrugadas.






Retirando da caneta elas ficarão assim.


Pegue um canudo ou um palito de churrasco e posicione mais ou menos no meio de uma petala



Dobre-a ao meio para baixo e enrole pelo canudo ou palito


Esse será o miolo da flor





Agora vamos colocar as pétalas: coloque uma e amarre com a linha


Dê mais ou menos duas voltas na linha para prender a pétala



Coloque outra pétala de frente com a primeira e amarre







Depois,de uma em uma vá colocando petalas na flor e amarrando













é você que decide quantas pétalas terá a sua flor






recorte o papel verde para fazer os acabamentos




a fita menor vai enrolar pelo canudo


corte também um quadrado assim


dobre em quatro e corte a pontinha







quando abrir ficará assim


coloque no canudo




coloque um pingo de cola branca



pegue uma tira enviezada e vamos descendo enrolando no canudo




corte uma folha de papel crepom




apenas coloque junto ao caule, passe a fita e continue descendo




no final outro pingo de cola para terminar



e está pronta a sua flor!!!!








Fonte: bamco de atividades

Números divertidos